O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins (Sindjor-TO) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) solicitaram que o Ministério Público Estadual (MPTO) atue no sentido de coibir as intimidações sofridas pelas equipes de imprensa durante a cobertura das manifestações realizadas em Palmas, por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro.
A presidente do Sindjor-TO, Alessandra Bacelar, e o advogado Robson Tibúrcio detalharam em reunião com o procurador-geral de Justiça (PGJ), Luciano Casaroti, pelo menos sete episódios ocorridos nos últimos dias, em que equipes de emissoras de TV e de rádio foram intimidadas e ameaçadas durante a produção de reportagens sobre os protestos. A reunião no Ministério Público, na última sexta-feira (4), teve a participação de representantes de duas redes de TV locais.
O PGJ também indicou que buscará atender a demanda atual do Sindicato e se comprometeu a intermediar, junto ao Comando da PM, uma reunião para que sejam definidas outras medidas que garantam a segurança das equipes de imprensa.
Alessandra Bacelar afirmou que é fundamental a sensibilização dos órgãos de controle social e da segurança pública para garantir a integridade dos jornalistas e demais profissionais da imprensa.
“Saímos da reunião satisfeitos com o interesse do Ministério Público em atender a nossa solicitação. Agora vamos atuar para que outras instituições, como o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Militar também possam se sensibilizar e agir tanto para coibir as intimidações, como para responsabilizar aqueles que estejam atentando contra o trabalho da imprensa tocantinense”, destacou.
Entenda
Na última quarta-feira (2), o Sindjor-TO e a Fenaj emitiram nota de repúdio por causa das constantes ameaças sofridas por equipes de imprensa escaladas para cobrir as manifestações promovidas por simpatizantes do presidente Bolsonaro, derrotado nas eleições presidenciais no último domingo, 30.