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Polícia Civil do Tocantins deflagra Operação “Ghostbusters” e desarticula associações criminosas que praticam ataque virtual conhecido como “Mão Fantasma”

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Operação foi deflagrada em quatro cidades de São Paulo e também em Uberaba Minas Gerais - Foto: Luiz de Castro/Governo do Tocantins

Mais de 100 policiais civis do Tocantins, São Paulo e Minas Gerais participaram da Operação – Foto: Luiz de Castro/Governo do Tocantins

Mandados de busca domiciliar e de prisão foram cumpridos ao longo da Operação Ghostbusters – Luiz de Castro/Governo do Tocantins

Mandados de busca domiciliar e de prisão foram cumpridos ao longo da Operação Ghostbusters – Luiz de Castro/Governo do Tocantins

Mandados de busca domiciliar e de prisão foram cumpridos ao longo da Operação Ghostbusters – Luiz de Castro/Governo do Tocantins

Um total de 26 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 23 de busca domiciliar foram cumpridos pela Polícia Civil do Tocantins durante a Operação “Ghostbusters” deflagrada nesta quinta-feira, 17, em quatro cidades paulistas  (São Paulo, Guarulhos, Osasco e Cotia) e em Uberaba (MG).

O objetivo da Operação é a desarticulação de associações criminosas especializadas no ataque virtual conhecido como “Mão Fantasma”, uma nova categoria de fraude focalizada em aparelhos celulares, que propicia furtos eletrônicos de grande volume, a partir da instalação de ferramenta para gerenciamento remoto de dispositivos, recomendada pelos fraudadores sob o falso pretexto da remoção de vírus e outras ameaças digitais.

“A Operação “Ghostbusters” é desdobramento de investigações que se iniciaram em meados do ano de 2022, quando três vítimas, todas residentes em Palmas (TO), tiveram suas contas bancárias invadidas e, após instalarem o citado aplicativo de gerenciamento remoto, viram seus patrimônios severamente atingidos, amargando o prejuízo somado de, aproximadamente, R$ 275 mil”, explica o delegado titular da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC – Palmas), Lucas Brito Santana, responsável pelas investigações.

Durante a operação foram apreendidos dispositivos informáticos diversos, chips telefônicos, cartões bancários e recibos em nome de terceiros, além de itens adquiridos com os valores ilícitos captados, entre eles um veículo automotor, o que na avaliação do delegado, fortaleceu os indícios criminosos que já haviam sido colhidos.

Um mandado de prisão temporária continua em aberto. “Um dos investigados, em desfavor do qual foi expedido mandado de prisão temporária, ainda não foi localizado, sendo que as diligências prosseguirão para a identificação de seu paradeiro e consequente captura”, destaca.

Os investigados responderão por associação criminosa, invasão de dispositivo informático e furto eletrônico, havendo também indícios quanto ao cometimento dos delitos de lavagem de capitais, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Como funciona

Conforme apurado durante as investigações, o ataque virtual normalmente se inicia com uma ligação, na qual o criminoso se apresenta como funcionário de uma instituição financeira, comunicando possíveis movimentações atípicas na conta bancária do ofendido, tais como compras/transferências suspeitas e tentativas de invasão.

Diante da negativa da vítima quanto à confirmação de tais movimentações e acessos, o suposto funcionário indica a necessidade de uma varredura digital no dispositivo, que seria executada remotamente pelo atendente por meio da instalação de um aplicativo, procedimento que reforçaria os mecanismos de segurança e impediria novas invasões.

“Ocorre que o pretexto de reforço da segurança digital é fictício, sendo que, ao ser instalado o tal aplicativo é atribuído acesso remoto do dispositivo ao criminoso, este passa a subtrair, sob os olhares da vítima, todos os valores contidos em suas contas, até mesmo os créditos em potencial, através de uma série de transações, entre transferências, pagamentos, empréstimos e adiantamentos”, explica o delegado Lucas Brito Santana.

Ainda conforme as investigações, para conferir uma aparência de credibilidade no contato feito com a vítima, os falsos funcionários são cordiais, empregam linguagem culta, usam recursos tecnológicos, como as gravações das centrais, e simulam transferências para outros atendentes, podendo, inclusive, mascarar o número de telefone já adotado pelas instituições financeiras como canal de atendimento.

Ghostbusters

O nome “Ghostbusters” (traduzido como “Caça-fantasmas”), alude ao modo de agir dos infratores, os quais, valendo-se dos artifícios mencionados, travestiram-se de atendentes bancários e convenceram as vítimas a instalar ferramenta de gerenciamento remoto de dispositivo, subtraindo de suas contas e sob os seus olhares, valores expressivos, agindo como autênticos “fantasmas”.

Apoio

Além da DRCC – Palmas, a Operação contou com o apoio de diversas forças de segurança dos Estados do Tocantins, São Paulo e Minas Gerais, totalizando mais de 100 policiais civis envolvidos nas ações desta quinta-feira, 17.

O delegado Lucas Brito Santana destaca que com a Operação “Ghostbusters”, a Polícia Civil do Tocantins encerra o ciclo de diligências efetivadas ao longo desta semana em cidades dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, as quais resultaram, juntamente com as Operações “Operadora Paralela II” e “Arremate” (deflagradas na última terça-feira), no cumprimento de 05 mandados de prisão e 39 de busca domiciliar, além do bloqueio e sequestro de valores disponíveis nas contas de investigados, muitos deles já inquiridos em sedes policiais.

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