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Estado

Governador Wanderlei Barbosa participa das Cavalhadas de Taguatinga e reforça importância da tradição cultural

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A festividade faz parte do Calendário Cultural do Estado, por meio da Lei nº 4.338 de 27 de dezembro de 2023 - (Crédito fotos: Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins)

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou neste domingo, 11, da programação das Cavalhadas de Taguatinga, na região sudeste do Estado. O evento, que ocorre durante os festejos de Nossa Senhora D’Abadia, padroeira da cidade, ocorre sempre no mês de agosto e, neste ano, segue até a quarta-feira, 14. A ação conta com o apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur).

“Para nós, é importante fomentar e manter vivas as tradições e manifestações que enriquecem a cultura e a história do nosso Estado. Temos, no Tocantins, cidades que recebem o nosso apoio como Tabocão, Araguacema e aqui em Taguatinga”, destacou o governador Wanderlei Barbosa.

A festividade faz parte do Calendário Cultural do Estado, por meio da Lei nº 4.338, de 27 de dezembro de 2023. As Cavalhadas de Taguatinga reúnem aproximadamente 15 mil pessoas por dia, entre população local e visitantes dos municípios vizinhos. Além do significativo espetáculo a céu aberto, o evento conta, também, com apresentações culturais que ocorrem à noite, todos os dias do evento, às 22h, na feira coberta da cidade; e às 00h, no espaço nobre.

A secretária de Cultura de Taguatinga e uma das responsáveis pela organização das Cavalhadas no município, Ludyane Bertunes, agradeceu a parceria do Governo do Tocantins para a realização do evento. “A nossa expectativa, neste ano, é maior do que em relação aos outros anos, principalmente levando em consideração essa parceria, que nos ajuda a proporcionar, além da festa religiosa e das Cavalhadas, shows de artistas renomados”, ressaltou a secretária.

História

As Cavalhadas recontam uma história medieval, com a batalha entre mouros, que professavam a religião islâmica, e cristãos, adeptos do cristianismo. No teatro, protagonizado por 24 cavaleiros reunidos em campo, cada lado possui 12 guerreiros, um número simbólico, escolhido de forma a ilustrar o lendário rei Carlos Magno e os doze pares de França, grupo que compõe as diversas histórias de cavalaria e cantigas do período.

O presidente da Associação de Apoio às Cavalhadas de Taguatinga (Acata), Iego Toledo Rodrigues, enfatizou que o evento é de suma importância para o município. “Conseguimos reunir, em uma ação como essa, a religiosidade da igreja com as nossas tradições, o que é de total importância para os moradores do nosso município, que sempre nessa época do ano já aguardam ansiosamente pela programação”, salientou.

A tradição das Cavalhadas manteve-se em alguns pontos do Brasil, com especial força nos estados de Alagoas, Goiás e Tocantins. Em Taguatinga, antes de entrarem em campo, os cavaleiros participam de uma missa em que as argolinhas, que mais tarde serão utilizadas na competição a cavalo, são benzidas pelo pároco local. Também recebem as bênçãos os combatentes, que agora estão prontos para representar a batalha, que ocorre nos dois dias seguintes.

O primeiro dia tradicionalmente é marcado pela alvorada, um momento em que todos os cavaleiros saem em cortejo até a casa da madrinha das Cavalhadas, quando ainda está escuro, vendo o sol nascer enquanto caminham. Esse também é o dia da recriação da batalha entre os povos, com o teatro sendo encenado para o público, algo que se repete todos os anos, a fim de demonstrar o conflito ocorrido. É a ocasião em que os cavaleiros do castelo cristão saem vitoriosos na guerra, culminando no batismo dos combatentes do castelo mouro.

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