O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (Sintras), Manoel Miranda, manifestou preocupação diante das declarações do governador em exercício, Laurez Moreira, que anunciou nesta segunda-feira (3) a elaboração de um decreto de emergência na Saúde e alegou a existência de um “rombo” nas contas públicas do setor, estimado em mais de meio bilhão de reais.
Segundo o presidente do Sintras, esse o discurso de que há uma crise financeira no sistema de saúde tem se repetido em diferentes gestões e frequentemente serve de justificativa para medidas que afetam diretamente os servidores e o serviço público, como o congelamento de concursos, a terceirização e o corte de direitos já conquistados.
“O Sintras acompanha com atenção e responsabilidade os desdobramentos desse anúncio, mas reafirma: não abriremos mão da realização do concurso público da Saúde, da manutenção do plano de carreira, dos direitos garantidos e do funcionamento regular do Servir. A história mostra que decretos emergenciais e discursos de austeridade muitas vezes acabam abrindo caminho para o sucateamento e a terceirização do serviço público”, pontuou o presidente.
Manoel Miranda destacou ainda que a terceirização de setores essenciais, como a Saúde, não resolve o problema fiscal do Estado, mas tende a piorar a qualidade do atendimento à população e as condições de trabalho dos servidores. “A terceirização é uma falsa solução. Ela retira o controle público, aumenta custos e gera sofrimento tanto para quem depende do SUS quanto para quem trabalha nele. O que o Tocantins precisa é de gestão eficiente, transparência e valorização do servidor público, que é quem sustenta o sistema mesmo diante das crises”, afirmou.
O Sintras reforça que continuará vigilante e atuante em defesa da categoria e da população, buscando o diálogo institucional, mas sem abrir mão dos princípios que garantem uma saúde pública de qualidade, universal e com profissionais valorizados.





